Levar pacientes com covid-19 de norte a sul do país
Avião da Força Aérea Brasileira de Manaus rumo a Goiânia, levando 16 pacientes com covid-19 que precisaram cruzar mais de 3.000 quilômetros do país para receber assistência de saúde. Quatro dias antes, a capital do Amazonas havia vivido o seu pior dia da pandemia, com doentes morrendo asfixiados dentro de hospitais por falta de oxigênio. Pronto-socorros lotados fechavam as portas a novos enfermos e a fila por leitos se acumulava, quando Mendonça assumiu a missão de avaliar pacientes e levá-los para hospitais de outros Estados. “Todos eles ali estavam totalmente vulneráveis”, lembra. Pacientes com uma situação mais crítica eram acomodados nos assentos dianteiros para o caso de piorarem durante a viagem e precisarem de uma intervenção mais invasiva, que deveria ser evitada a todo custo. Mendonça sentiu a adrenalina subir. Ele sabia que precisava estar preparado caso fosse necessário intubar pacientes, que já sentiam dificuldade para respirar e poderiam piorar com a pressão reduzida...