Filme Arranha Céu Coragem Sem Limite


Estreia de Arranha-Céu: Coragem Sem Limite nos cinemas. Tecnicamente, o terceiro filme do astro do ano (Jumanji, estreou no finzinho de 2017, Rampage em abril), é mais uma produção pensada para mostrar o astro como herói responsável por feitos incríveis.

Assumir o cargo de chefe de segurança no maior edifício do mundo. Ele e sua família são os primeiros a viver na área residencial do tal arranha-céu prestes a ser inaugurado, quando bandidos colocam em prática um mirabolante plano para roubar um importante objeto do proprietário do prédio. O que inclui um incêndio que deixa a família do protagonista presa na estrutura.

Alturas e bandidos caricatos. Estes últimos são de longe o menor dos desafios, tanto para o herói, quanto para o espectador, já que assim que aparecem em cena já é possível identificar os vilões, e até avinhar algumas de suas rasas motivações. Um plano furado, que os coloca em perigo tão grande quanto o das vítimas, sem garantias de sucesso. Escolhas idiotas, e frases de efeito batidas, fazem com que os bandidos nunca sejam uma preocupação real. Afinal, desde o início fica claro que não são páreo para o mocinho.

São nesses momentos em que realmente nos preocupamos com a sobrevivência dos personagens. Graças aos eficientes efeitos visuais aplicados para criar os cenários em chamas e as vertiginosas cenas em alturas. Vale lembrar, cenas empolgantes, porém absurdas. Como a maioria dos longas do gênero, realismo não é a preocupação principal. Nível de improbabilidade, e capacidade de criar feitos incríveis para solucionar tais soluções são. E nisso, o roteiro se sai muito bem, já que estamos acostumados e acreditamos sem dificuldades que Johnson é capaz de saltar de um guindaste em um prédio com apenas uma perna.

Mesmo personagem, o carisma conta pontos para torcer por ele. Outra que conta pontos a favor é a esposa de Sawyer. Sarah (Neve Campbell, da franquia Pânico), não é a mocinha à espera no alto da torre high-tec. Ela faz de tudo para salvar os filhos e mais tarde o marido.Uma pena, o roteiro achar preciso justificar sua iniciativa e capacidade lhe dando uma carreira no exército.

Todos devidamente caricatos e previsíveis em seus papéis. Do vilão, ao policial de rua, os personagens seguem a cartilha de tudo que você já viu em filmes de ação. O mesmo vale para as lutas, que apostam no exagero e na confusão em detrimento da compreensão. O auge deste lugar comum fica por conta da inclusão de uma sala de espelhos sem grandes funções no prédio, que destoa da super-funcionalidade do arranha-céu, e claramente está presente apenas para situar uma estilosa cena de luta.

Características de Hong Kong. A população nas ruas assiste a tudo em tempo real com direito à torcida. E pelas erradas comparações com Duro de Matar e Inferno na Torre. A premissa pode ter semelhanças, mas o resultado não é de longe tão eficiente e memorável quanto dos longas anteriores.

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