Jurassic World Reino Ameaçado


Apostou na combinação de nostalgia e encantamento por ver o parque finalmente funcionando, para conquistar um espaço na memória afetiva dos espectadores, entregando uma sequência com características de re-make que respeita a franquia original, mas a reinicia. Assim, Jurassic World: Reino Ameaçado herdou uma tarefa difícil, dar continuidade à uma franquia adorada, mas que nunca teve sequências muito inspiradas.

Os dinossauros serão extintos, de novo. A discussão é se os humanos devem tentar salvar estes animais, ou deixar a natureza seguir seu curso. Ainda se sentindo responsável pelas criaturas Claire (Bryce Dallas Howard), embarca em uma jornada para resgatar os animais e recruta Owen (Chris Pratt) para acompanha-la. É claro, a ganância e burrice humana continua presente para colocar tudo em risco.

Sua tradicional falta de senso de perigo, crianças, vilões caricatos, gente sendo devorada, monstros e cenas de ação maiores e mais elaborados. E embora isso seja o que a maioria das pessoas espera encontrar ao pensar em Jurassic World, a opção  segura de entregar "mais do mesmo", pode soar como preguiçosa e diminuir o envolvimento do espectador. Não demora muito para descobrirmos o verdadeiro vilão, ou mesmo para identificar quem sobreviverá ao final da jornada. E dessa vez, não temos o encantamento de ver os gigantes jurássicos pela primeira vez, ou mesmo a novidade de ver o parque em atividade para ajudar.

Sequências de ação e os efeitos especiais não decepcionam. A tecnologia para criar os animais, que ainda combina animatrônicos e computação gráfica, continua evoluindo e entregando criaturas cada vez mais convincentes. Enquanto o diretor J.A. Bayona (O Orfanato, Sete Minutos Depois da Meia-Noite e O Impossível), consegue imprimir sua identidade nas sequências de ação, acrescentando tons mais fortes de terror e fantasia às cenas.

Dos intérpretes, e pela relação que criamos com eles no filme anterior quando ainda tinham um pequeno arco a ser desenvolvido, não por mérito de seus personagens de poucas camadas. A única coisa que a dupla trabalha neste filme é uma longa "DR". Vale apontar aqui, que o diretor tem obsessão por mostrar os pés de Claire, abusando da possibilidade de piada com os polêmicos saltos da moça no primeiro filme.

Isabella Sermon é eficiente ao dar vida à criança da vez. Maisie traz uma discussão que a franquia demorou a abordar, mas a novidade é tratada como mistério por grande parte da produção, sendo jogada ao fim do filme quando não há mais tempo para trabalhar o tema. O assunto deve ficar para uma possível próximo filme, assim como uma participação melhor de Goldblum.

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