PIB cai 1,5% no primeiro trimestre



Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Na comparação com igual período de 2019, a atividade econômica teve variação negativa de 0,3%. Os dados divulgados relevam apenas os impactos iniciais da crise gerada pela pandemia da Covid-19 na economia brasileira, já que as medidas de isolamento social para reduzir o ritmo de disseminação do vírus foram implementadas apenas a partir da segunda quinzena de março, nos últimos 15 dias do primeiro trimestre. Um tempo curto para o tamanho da retração, que poderia ter sido amenizada se o desempenho da atividade econômica tivesse sido melhor no início do ano.

Os efeitos da pandemia também influenciaram a queda de 2% no consumo das famílias. “Foi o maior recuo desde a crise de energia elétrica em 2001”, diz Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE. O consumo do Governo ficou praticamente estável (0,2%) no primeiro trimestre deste ano, mesmo patamar do último trimestre de 2019. Já os investimentos das empresas (formação bruta de capital fixo) registraram alta de 3,1% em relação ao trimestre imediatamente anterior.

Contração de 0,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços cresceram 2,8% em relação aos três meses anteriores.

Interrompe a sequência de quatro trimestres de crescimentos seguidos e marca o menor resultado desde o segundo trimestre de 2015 (-2,1%). Com isso, segundo o IBGE, o PIB está em patamar semelhante ao que se encontrava no segundo trimestre de 2012.

Principalmente, pelo recuo nos serviços, setor que representa 74% do PIB. “Aconteceu no Brasil o mesmo que ocorreu em outros países afetados pela pandemia, que foi o recuo nos serviços direcionados às famílias devido ao fechamento dos estabelecimentos. Bens duráveis, veículos, vestuário, salões de beleza, academia, alojamento, alimentação sofreram bastante com o isolamento social”, explica.

Nesta semana, o levantamento da Pnad, que já contempla o mês de abril, dá uma dimensão do estrago que se seguiu no quarto mês do ano: o país perdeu 4,9 milhões de postos de trabalho entre fevereiro e o mês passado. Diante de um cenário tão ruim para a atividade, a expectativa de um futuro melhor fica para a reabertura da economia que, por sua vez, depende da evolução dos casos do coronavírus em diferentes regiões do país.


FONTE: Brasil Elpais

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