Butantan cria vacina brasileira contra covid-19

 


Instituto Butantan, que pediu à Anvisa a autorização para iniciar as fases 1 e 2 de testes, em que serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Depois, na fase 3, ela será aplicada em até 9.000 voluntários para se estipular a eficácia. A vacina, segundo o instituto, já apresentou nos estudos pré-clínicos, feitos em animais, uma resposta imune alta, o que pode indicar que será necessária apenas uma dose para a imunização completa em humanos, uma vantagem que apenas um imunizante, feito pela Johnson & Johnson, tem. A expectativa é que caso os testes se mostrem favoráveis, ela já esteja disponível para a população no final do primeiro semestre deste ano.

De lá para cá, foi uma luta intensa, um esforço intenso de toda a equipe, tanto do ponto de vista da produção quanto das negociações internacionais”, disse. O Butantan é o principal produtor da ButanVac, com 85% da capacidade de fornecimento da vacina, em um consórcio internacional que inclui outros dois laboratórios, um do Vietnã e outro da Tailândia, onde a fase 1 já foi iniciada. A ideia é que a vacina seja fornecida não apenas para o Brasil, mas também para outros países de rendas baixa e média, que têm tido mais dificuldades para comprar as vacinas atualmente disponíveis. Covas pretende enviar um dossiê de desenvolvimento clínico ainda nesta sexta-feira à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para pedir autorização para as próximas etapas dos estudos. A vacina deve começar a ser produzida já em maio e o plano é disponibilizar 40 milhões de doses até julho, afirma o Butantan.

Sendo produzida em ovos de galinha. Segundo Dimas Covas, nenhum outro imunizante contra a covid-19 no mundo utiliza essa tecnologia. Com isso, segundo ele, ela se torna mais barata e segura. “Essa é a geração 2.0 da vacina. Nós aprendemos com as vacinas anteriores e agora sabemos o que é uma boa vacina para a covid-19. Essa já incorpora algumas dessas modificações”, disse Covas.

Contém a proteína S (Spike) do coronavírus de forma integral. Ao ser inserida no corpo, esta proteína estimula a resposta imune à covid-19. Esse vírus da gripe aviária não causa sintomas em seres humanos, sendo uma alternativa muito segura, segundo o Butantan. De acordo com Covas, a ButanVac já utilizará a proteína S da variante do Amazonas, a P.1, mais transmissível e possivelmente mais letal.

Atualmente sofre com a escassez de imunizantes por falta de organização do Governo federal. E se torna um novo trunfo político para o governador João Doria, que fez questão de estar presente na manhã desta sexta-feira na coletiva de imprensa que anunciou o imunizante. O Instituto Butantan, ligado ao Governo de São Paulo, já produz com o laboratório chinês Sinovac a Coronavac, responsável pela maior parte da vacinação realizada atualmente no Brasil e desprezada inicialmente pelo presidente Jair Bolsonaro.



FONTE: Brasil Elpais

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