Milei sofreu pior derrota no Congresso
O presidente Javier Milei sofreu hoje (11 de julho de 2025) sua pior derrota no Congresso desde que assumiu em dezembro de 2023. O Senado, em voto majoritariamente opositor, aprovou um pacote que aumenta pensões em 7,2% e amplia gastos às províncias — decisões que contrariam seus planos de ajuste fiscal
⚠️ O que aconteceu e por que é significativo:
Rejeição expressiva no Senado: O projeto passou por 52 votos a favor e apenas 4 abstenções . Na prática, trata-se de uma derrota histórica para Milei, que perdeu completamente o controle do Legislativo em relação a esse tema.
Sinal de ruptura com aliados e base governista: Parte dos antigos aliados, incluindo governadores e deputados, se juntou à oposição, ampliando a fissura no bloco “La Libertad Avanza”
Reação agressiva do governo: Milei classificou a votação como um “golpe institucional”, anunciou que vetará as leis e recorrerá à justiça, além de promover postagens instigando a mobilização de seus seguidores nas redes sociais
Comparativo com derrotas anteriores:
Em abril de 2025, Milei já havia sofrido outra derrota significativa quando o Senado rejeitou por ampla margem os indicados pelo governo para a Corte Suprema — um revés institucional e político
No início de 2024, projetos ambiciosos como o “mega pacote” e o “Decretaço” também sofreram derrotas no Congresso, evidenciando a dificuldade de Milei em articular maioria estável
Vermelho
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Por que essa derrota em julho é “a pior até o momento”:
Magnitude econômica: Além de votos simbólicos ou institucionais, aqui está em jogo a política fiscal e o orçamento do país, com impacto imediato na inflação e nas contas públicas.
Profundidade da rejeição: A aprovação avassaladora mostra que mesmo medidas não ideológicas, como aumento de pensões, escaparam ao controle do governo.
Escalada das tensões: O episódio elevou o nível retórico, com acusações de golpe, ameaças de judicialização e possíveis mobilizações de rua.
Conclusão:
A derrota sobre as pensões e gastos é a mais dura de Milei até agora — combina simbolismo institucional, impacto econômico e evidência de uma base governista enfraquecida. Se o Congresso insistir nas medidas e rejeitar o veto, isso pode indicar que, mesmo com poder executivo restrito, o poder legislativo está retomando autonomia. E o racha com aliados internos não facilita um ajuste de curso.
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